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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Amparar

Amparar quem esta desalentado, dar-lhe palavras de estimulo, mostrar-lhe novos e promissores caminhos, que seu pessimismo lhe impedia de ver, é o dever do verdadeiro cristão; devendo sempre evitar sermões imperativos que exponham a causa que levou o sofredor ao estado em que se encontra. Isso prejudicaria seu esforço de recuperação.

Não se pergunte a um faminto porque chegou a semelhante estado. Dá-se-lhe alimento, antes de tudo; não só o alimento do corpo, mas tambem o do espírito, que pode ser um sorriso amigo e uma palavra de compreenção, dada com naturalidade, como todos nós gostariamos de receber se estivéssemos na mesma situação.

A vida tem mirtérios insondaveis. Ninguém sabe que experiencias lhe reserva o próximo minuto. Julgar as causas que levam as pessoas a um estado de miséria material ou moral, e acusá-las, sobre qualquer pretexto, revela profundo desconhecimento da condição humana. Ninguém pode constituir-se em juiz de causas alheias.

A razão das coisas se perde na noite dos tempos. As provas são experiências que o homen pede ao voltar a Terra, com o objetivo de desenvolver novos valores, aprendizados que o tornem mais uma conscência capaz de atingir as dimensões da luz e da verdade. Os que se erguem de certas situações dolorosas tornam-se aptos a consolar e esclarecer os que passam pelos escalões da dor que ensina, retifica e amadurece.

Portanto, quando alguém sofre, não tentemos identificar o motivo, mas ofereçamos o socorro que estiver ao nosso alcance.

Na lei do ´´Amai-vos uns aos outros`` estamos sempre sendo testados.

Se resolvermos as chagas alheias com o propósito de condenar, estaremos preparando para nós momentos bem dificeis em um futuro próximo.

Aprendamos a ser Cristãos.  Estendamos nossa mão àquele que sofre, e o envolvamos no sentimento fratenal de nossas preces.  Não nos cabe julgar, mas, sim, amparar.


                                                                     Cenira   Pinto



do livro:  Conversando com a vida.

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