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quinta-feira, 31 de maio de 2012

VIDAS PASSADAS... Quem fomos? Quem fez parte dela? Porque estamos novamente reunidos?...




Afinidade, lei de reconciliação, reencontro...
Vidas passadas, almas Gêmeas, O Evangelho e a afinidade espiritual…
Queridos e amados irmãos, vamos conversar hoje sobre a relação do nosso “hoje” com nossas vidas passadas, nossos entes queridos, nossos amigos, almas-gêmeas, nossos desafetos. Quem é nosso pai ou nossa mãe “hoje”, teve que tipo de relação conosco em uma(s) vida passada?? Fomos afetos ou desafetos?? Se fomos desafetos, porque retornamos novamente como parentes, por exemplo??
“Está bem visto que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que sobrevive à destruição do corpo, porquanto os seres que neste mundo se unem apenas pelos sentidos nenhum motivo têm para se procurarem no mundo dos Espíritos. Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. Ora, semelhante causa não subsiste no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. No que concerne às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas nada realmente são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu. ”  
O Evangelho Segundo o Espiritismo –
Capítulo IV, parte final do item 18.
 “Ninguém foge aos princípios de causa e efeito, mas ninguém está privado da liberdade de renovar o próprio caminho, renovando a si mesmo.” André Luiz
 As emoções que a afinidade se nos oferece, na verdade são como preces, que demoramos em descobrir seus sentidos plenos e incongruentes. Mesmo assim, suas linhas de expressão e manifesto são claras e distintas. É uma questão de observação isenta e desinteressada.
O fato de vibrarmos no mesmo diapasão emocional, moral e intelectual de pessoas que encontramos nos caminhos que o nosso destino percorre, não caracteriza em moldes inteligíveis as linhas dessa relação recém descoberta. O que se nos mostra a variedade em que se nos apresenta o reencontro.
Isso também põe por terra essa “lenda” que discorre sobre almas gêmeas, e que Emmanuel já se retratou á respeito, aconselhando-nos á acompanhar, no estudo e entendimento: Allan Kardec.
As relações amorosas, afetivas, filiais e amistosas, trazem em seu próprio arcabouço, o condão de nossas necessidades e aprendizados. E o vértice de abertura do leque relacional, não se prende as medidas humanas. Até por que na esteira das reencarnações, poderemos ou deveremos mudar os papéis de contato e envolvimento, visando ajustes e reconciliações; observando também apoio, ajuda e influências necessárias, para o melhor aproveitamento desses reencontros.
É claro que também, a intensidade, o encanto e a aversão são ingredientes preponderantes na receita existencial.
Condição essa que decorre naturalmente da nossa maturidade espiritual.
Como cantou o poeta neste mundo de provas e expiações: “A dor virou amiga da verdade/E o sonho inimigo da razão”(Diogo Nogueira)
A flor, pela própria ordem natural não se identifica e nem morre de amores pelo espinho, mas por impulso dadivoso, perfuma-o sem cerimônia sonhando com a lua e convive com o orvalho por espasmos de afinidade.
Um casal que vive ás voltas com a passionalidade, nos braços do ciúme e da insegurança, mergulha nos atritos, aos gritos de desequilíbrio e de dor, maquiando com a insatisfação seus anseios de amor, sem se dar conta de que, só a paciência e a perseverança são os antídotos da desordem emocional.
Assim, só o respeito e a liberdade de ser, sem se curvar e nem se impor, são os recursos utilizados naturalmente por aqueles que já se deram conta de que carências e subserviência são atalhos para o nada existencial.
Então configuram sua vida, seu destino e afazeres na pauta de responsabilidades próprias, buscando no companheiro ou companheira, a suplementação que lhes permitam compartilhar sem se anular.
Naquilo em se transcende, a afinidade acende os faróis da transcendentalidade e desperta-nos a sensibilidade para captarmos a presença e a influência de amores, amigos e afetos, que vivem sob outros tetos da erraticidade, de mundos espirituais, enfim em outras dimensões da vida. E que se nos dão guarida, proteção e consolo, orientação e corrigenda, na agenda das relações mediúnicas.
A afinidade é mesmo o fruto mais saboroso das afeições livres, que o amor sustenta e agasalha na oficina do tempo.
O reencontro é um ponto de luz que o passado não apaga.
O mesmo gosto, um detalhe qualquer parecido
Igual sentido e ideal compreendido
O amor que se divide em diversas facetas
Numa vida um amante, noutra um amigo
Por injunções se faz irmão, pai ou avô
E se passarmos ao feminino
Achamos uma equação de duas raízes
E a razão de todas as crises, o amor
Salutar remédio á combater o tédio e a solidão
Se manifesta em todas suas faces
Com classe ou silente
Semente de renovação e mudanças
Afim prolifera alegria e reencontros
Na pauta de corações saudáveis
E nos leva de ignóbeis á amoráveis
Pelas trilhas da evolução!   
O encontro das almas gêmeas acontece muito antes do que no plano físico.
Primeiro é o IDEAL ESPIRITUAL ou seja missão. Nesse estágio, juntas, as almas gêmeas tem um desenvolvimento que jamais conseguiriam estando separadas. Há uma imensa felicidade e se brigam ou se separam, parecem decair ou chegam mesmo a perder a razão da vida.

Segundo estágio é o IDEAL INTELECTUAL. Nesse estágio as almas gêmeas tem os mesmos ideais, gostam dos mesmos assuntos. Ambas querem obter uma elevação cultural e intelectual.

O terceiro estágio é CONSCIÊNCIA E INTERESSE. Nesse estágio, não há lamentações, pois sabem que são como um todo, um único e perfeito. O estado de ânimo reflete como um espelho no outro. A doença de um entristece o outro. Aqui é onde o sentimento enobrece, e esse estágio geralmente acaba quando um dos parceiros falecem.

O quarto estágio SIMPATIA. Elas se atraem geralmente quando são bem humoradas e tem uma vida sempre ativa. Aqui não há sentimento de raiva, de ódio, de rancor. Nesse estágio, as almas gêmeas por estarem unidas por uma consciência superior, não existe, a necessidade de palavras de baixo calão.

O quinto estágio DESEJO. Aqui, as almas gêmeas, homem e mulher, se entregam a paixão, à procura. Existe a consciência de diálogo a fio, respeito e planos para o futuro.

O sexto estágio é o FÍSICO. É o período do contato, do abraço, dos beijos, dos carinhos, do ato sexual, é onde tudo se torna mais intenso, é onde há a libertação kármica (êxtase sexual). É a evolução dos dois. Esses são os estágios das Almas Gêmeas.
A procura das Almas Gêmeas são intuitivas, são desejos puros.
Quando há esse encontro, não existe quotidiano, regras, ou sentimentos mais puros. Há uma harmonia de espírito, intelecto, desejos, conquistas.
Uma vez me perguntaram por que homens de negócios são na realidade tão sozinhos? E o mais engraçado nisso, é que essa pergunta foi feito por um homem. Eu, pelas pesquisas feitas, cheguei à conclusão de que as pessoas de negócios estão em um estágio de materialismo tão intenso, que esquecem de cuidar da alma. Elas compram seus desejos, usam de seus poderes para concretizarem suas emoções, mas com solidão. Chegam a ter depressões tão profundas que se entregam ao trabalho como se fossem tudo na vida. Procuram desesperadamente o aconchego, mas se ressentem de que essa ou esse esteja com ele por interesse.

Uma outra conclusão sobre esse assunto, é que todo homem de negócio não tem tempo, ou tem medo de um relacionamento, pois todo relacionamento é uma doação. É muito provável que esses homens sejam solitários em seu íntimo e se perguntam o tempo todo onde estará sua Alma Gêmea? E eu, responderia numa simples e singela frase: "O homem que conhece a si mesmo, obtém o Elixir da Vida". Se Alma é sinônimo de Vida, então se dê tempo do auto-conhecimento, pois sua Alma Gêmea está a sua espera e você não a senti por falta de espaço no seu íntimo.
Almas Companheiras: São gêmeos, ou amigos cada um com sua personalidade, tem geralmente intuições com relação ao irmão. São pessoas geralmente que em vidas passadas foram amigas e retornaram como tais. As almas amigas, são aquelas que estão tão próximas a nós que chegamos a dizer "meu irmão". São pessoas tão unidas que chegam até sentir mesmos sentimentos com relação a vida. São companheiros, são sentinelas, nos ajudam nos amam do jeito que somos. Não tentam consertar o modo de vida do outro, mas sim ajudar a resolver seus conflitos mais íntimos. São os verdadeiros amigos. Não foram almas gêmeas no passado, são amigos.
Um dos aspectos principais ao se analisar uma vida passada é vê-la como uma vida passada e nunca como uma vida presente. Temos emoções, sensações e experiências acumuladas, mas não são mais as mesmas situações, pessoas e fatos. Não podemos nos esquecer que as nossas vidas passadas não são lineares com experiências progressivas ou com as mesmas pessoas. Posso ter sido uma pessoa maravilhosa em outra vida e ser terrível na atual. Posso ter tido uma alma nobre numa determinada encarnação, vil em outra e espiritual nesta. Todo processo de encarnação e carma estão relacionados com as experiências faltantes, aos laços que precisam ser desatados, sem contudo ter de serem vivenciados novamente.
Portanto, temos que aprender a aceitar o que somos e não o que queremos ser, vivenciar com as pessoas o que elas são e não o que queremos que elas sejam. A finalidade da análise kármica e vidas passadas na terapia de vidas passadas ou regressão de memória são de fornecer ao indivíduo o conhecimento de sua missão espiritual e do aprendizado pessoal nesta atual encarnação, prover subsídios para melhor entendimento de sua personalidade e aspirações pessoais, bem como o compromisso com as pessoas que o cercam.

Na próxima matéria, voltaremos a abordar novamente ao assunto, devido a sua complexidade.
Até breve !

                                                                                                                                                

Abraços Fraternos


O    AUTOR


Agradecimentos á Daniela Souto, pela incansável colaboração.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

JUSTIÇA DIVINA... A cada um o que lhe for por merecimento





Justiça Divina ... A CADA UM O QUE LHE FOR POR MERECIMENTO
Queridos e amados irmãos, os espíritos, após a morte do corpo, conservam a sua individualidade. Portanto, devemos sempre lembrar que a morte não nos livra das tentações. Embora as paixões não existam materialmente, para o espírito, elas ainda existem no pensamento.
Os maus dão vazão a esses pensamentos, e não podendo atuar, conduzirão suas vítimas aos lugares onde encontram as paixões que querem sentir. Sendo que a influência que os espíritos exercem uns sobre os outros dependerá do seu grau de evolução. Será boa por parte dos bons espíritos, mas os perversos procurarão desviar do caminho do bem e do arrependimento àqueles sobre os quais conseguirem exercer influência, através de sintonia.
Os sofrimentos que os espíritos maus passam são difíceis de descrever, mesmo através de seus relatos. Esses sofrimentos não são uniformes e variam ao infinito, segundo a natureza e o grau das faltas cometidas e são, quase sempre, essas faltas que servem como castigo. É assim que certos homicidas são constrangidos a permanecer no lugar do seu crime e a rever, sem cessar, suas vítimas sob seus olhos; que o homem de gostos sensuais e materiais conserva esses mesmos gostos, mas a impossibilidade de os satisfazer materialmente é para eles uma tortura; não há uma falta, uma imperfeição moral, uma ação má que não tenha, no mundo dos Espíritos sua contrapartida e suas consequências naturais e, por isso, não há necessidade de um lugar determinado e circunscrito: por toda parte em que se encontre, o espírito perverso carrega o seu inferno consigo. Os espíritos inferiores percebem a felicidade dos justos, e isso lhes é um suplício, porque compreendem que estão dela privados por sua própria culpa. O espírito liberto da matéria deseja uma nova vida corporal, pois cada existência, se for bem empregada, abrevia a duração desse suplício.
É então que o Espírito procede à escolha das provas, por meio das quais passa voluntariamente, por todo bem que poderia ter feito e não fez, assim como por todo o mal decorrente de não haver feito o bem. Os sofrimentos e as tristezas da Terra são percebidos pelos espíritos, mas eles consideram de outro ponto de vista esses sofrimentos, porque sabem que são úteis ao nosso progresso se os suportarmos com resignação. O que os entristece é a nossa falta de ânimo para os suportar. A crença no Espiritismo ajuda o homem a se melhorar, firmando-lhe as ideias sobre certos pontos do futuro, mas só o bem pode assegurar nosso sucesso.
Para finalizar , gostaria de colocar o relato de um espírito, que nos traz sua experiência para nosso aprendizado: vivia essa mulher, na época da escravidão, no campo. Era branca e casada com um negro liberto; apesar da vida saudável, ansiava pela cidade e suas novidades. Dele teve dois filhos negros e uma menina branca. Com a morte do companheiro finalmente mudou-se para a cidade. Como ainda era bonita, logo encontrou novo parceiro. Esse homem branco não aceitava os dois meninos negros e acabou convencendo-a a deixá-los para que eles corressem o mundo, sendo que, a menina poderia acompanhá-los. Ele os vendeu como escravos, sendo levados, acorrentados, a trabalhar em uma estrada de ferro.
O tempo passou, ela e a filha tornaram-se cortesãs, encaminhadas por esse mesmo homem. A filha morreu jovem, e ela, após levar a vida em "diversão", também acabou por morrer, sem nunca se preocupar com o destino dos meninos.
Ao chegar ao plano Espiritual teve o filho mais velho como terrível obsessor, que através de induções a manteve acorrentada à mesma estrada de ferro onde ele havia morrido por maus tratos dos feitores. Após pensar em suas atitudes e tudo que tinha feito, achou que merecia o castigo e dentro de um remorso destrutivo, passou muitos anos a vagar, do começo ao fim, nessa estrada de ferro, achando que ficaria ali por toda eternidade, sendo por algum tempo observada por seu inimigo.
Após muito tempo conseguiu perceber a presença do filho mais novo. A princípio teve medo de novos castigos, mas aos poucos conseguiu ouvi-lo. Foi quando percebeu que ele não iria feri-la. Esse filho falava-lhe de amor, de perdão, da bondade de Deus, da necessidade de arrepender-se e pedir perdão e que ele a havia perdoado. Mas ainda ficou muito tempo nesse local, sentindo revoltada contra tudo, até que não tolerando mais o sofrimento, começou a mudar.
Nesse momento o socorro foi possível, e agora, já recuperada, após vagar 87 anos, tem esperanças de poder reparar seus erros e poder fazer o bem àqueles Espíritos que tanto prejudicou.
Perguntas/Respostas:
No plano espiritual temos formas pensamento. Os espíritos não conseguem modelar o seu pensamento e se satisfazer como quando encarnados?
 Não, porque lhes falta o corpo físico. A satisfação que lhes poderia advir é só moral.
Quanto a questão do auxílio, devemos lembrar que, temos auxílio superior sempre que desejamos, não é? Por isso acho que no caso supra, o irmão menor soube perdoar sua mãe e auxiliá-la a tempo. Isso não significa que o outro irmão foi auxiliado, não é?
O irmão mais novo foi auxiliado mais cedo, pois utilizou-se do perdão. O que ela não percebeu foi que seu obsessor já não se encontrava lá. Ele havia sido socorrido, mas ela estava tão envolta em sentimentos destrutivos que demorou até a perceber o socorro que estava ao seu alcance e ela poderia também ter se afastado do local mas, para ela as correntes eram físicas e tinham o poder de prendê-la.
Temos aqui de observar que a Justiça Divina se processa através da própria consciência do espírito sofredor.
Este aspecto é tremendamente importante, pois o remorso do sofredor abaixa seu padrão vibratório e o faz sofrer conforme sua descrição.
Como pode o remorso ser construtivo?
Ele pode ser construtivo a partir do momento que te serve de lição, que te mostra os erros cometidos e causa a vontade de mudar. A partir do momento que você percebe que errou, e isto te causa um sentimento de querer acertar, o remorso foi construtivo.
Por outro lado, se você sente o remorso e fica achando que merece tudo de mau que daí resulta, sem procurar os caminhos da reforma, aí ele será destrutivo. Use esse sentimento como um impulso para subir como num salto, quando você se agacha é o momento do remorso, do arrependimento, quando você salta é o resultado de sua vontade de mudar, de sair do lugar, para o alto, para o perdão.
Parece-me que só temos conhecimento sobre a Justiça Divina "a posteriori", ou seja, depois do caso passado. Não lhe parece uma falta a não concepção de com o que haveremos de nos deparar, pela não observância das leis de Deus?
873 – "O sentimento de justiça está na natureza ou vem de ideias adquiridas?"
"Está na natureza. O progresso moral desenvolve, sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá. Deus o colocou no coração do homem. Daí vem que, frequentemente, em homens simples e incultos se vos deparam noções mais exatas da justiça do que nos que possuem grande cabedal de saber." Se erramos, isso vem de nosso livre arbítrio.
Quando uma pessoa que cometeu atos maus desencarna, ela sofre com a visão dos quais ela cometeu esse mal. Os espíritos obsessores, que estão praticando o mal, não tem essa mesma consciência, que deveria afastá-los do mal?
Eles não tem essa consciência, pois conservam as falhas morais, mas com o tempo cairão em si, com certeza.
Mas o remorso rebaixa o padrão vibratório em todos os casos? Por exemplo: se o remorso é um arrependimento do ato cometido e aí sim, facilitaria o seu auxilio? Não aumentaria nesse caso o padrão vibratório?
No exemplo citado esse espírito sentia um remorso sem arrependimento. Só admitia sua culpa e se achava merecedora de tudo que estava recebendo. Sua própria consciência pesada é que a prendia. Quando o remorso resultou em arrependimento, ficou em posição de receber auxílio. Aí é que pode elevar seu padrão vibratório e ser socorrida.
Devemos lembrar que nós, encarnados, também ficamos remoendo falhas praticadas, não é? E acabamos piorando a situação, pois não conseguimos evoluir nunca! Assim, não adianta simplesmente errar e se arrepender, temos que modificar nossos atos e começar a modificar-nos interiormente primeiro, não é?
Exatamente! Você tocou no ponto certo. O arrependimento vazio não nos dignifica. Ele deve nos auxiliar em nossa reforma íntima.
A Justiça Divina trata igualmente duas pessoas que erraram, sendo que uma delas tenha 17 anos de vida, e a outra, tenha, por exemplo, 40?
Depende, acho que a idade não indica o grau de erro, mas sim o conhecimento.
 Perdoar a nós mesmos! Esse não é um dos primeiros passos para a nossa reforma íntima?
Sim, desde que esse perdão venha seguido da vontade de mudar.
 Apenas para reforçar respostas anteriores, Kardec nos informa no livro "O Céu e o Inferno": Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e as suas consequências.
A Questão 977-a de "O Livro dos Espíritos" nos informa do sofrimento das almas errantes aqui na Terra, que, ao desencarnarem, enfrentam suas vítimas e/ou seus opositores. Sabemos que o espirito prejudicado, tem ascensão sobre o seu oponente no mundo espiritual. Poderíeis explicar até onde é possível e permitido estas obsessões? O que se pode fazer fora da matéria para conciliarmos com nossos oponentes? Quando o oponente não quer e nos persegue, existem formas?
Lembre-se que apesar de termos nossos inimigos, temos também nossos amigos. Por isso colocamos que nem todos os casos são iguais. Podemos ter grandes obsessores que ainda sentem necessidade de nos julgar e exigir reparações, mas dependerá de nós o auxílio que receberemos e se formos merecedores. Quando esse espírito estiver pronto, poderemos reparar os erros que fizemos em relação a ele.
Uma questão interessante também: esses dias lendo um livro de André Luiz, observei que, estamos em contínuo resgate, não é? E, estes resgates não se tratam somente de faltas passadas, mas sim das praticadas nessa mesma encarnação. Por isso a necessidade de nos policiarmos sempre, não é? Pois resgatando falhas praticadas aqui, subiremos sempre um degrau a mais, não havendo necessidade de um novo reencarne, não é?
Sim, podemos resgatar desde agora nossas falhas, mas quanto a um novo reencarne, tenho minhas dúvidas se conseguiríamos resgatar tudo dessa vez.
Os espíritas, por serem conhecedores das consequências de nossos atos durante a vida, caso não façam o mal mas, também não pratiquem o bem, sofreriam mais do que alguém, nas mesmas condições, que não é espírita e não conhece esse outro lado?
Sim, quanto maior o seu conhecimento mais lhe será cobrado. Um exemplo bem simples: duas pessoas que abortem, uma espírita e a outra não. Quem tinha mais condições de saber de todas as consequências e mesmo assim praticou o ato? Somos responsáveis também pelo bem que deixamos de fazer.
Como é óbvio, o Criador hão pode deixar de ser soberanamente justo e bom, pois sem esses atributos não seria Deus. E como o dogma do “pecado original” não se coaduna com a Bondade e a Justiça Divinas, não há como fugir à conclusão, de que é falso e insustentável, sendo cada um responsável apenas pelos seus próprios atos, e não pelos deslizes de seus avoengos, ainda que eles se chamem Adão e Eva...



Abraços Fraternos

O    AUTOR


Agradecimentos a minha fiél colaboradora Daniela Souto.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

ORAÇÃO DE FORÇA - Chico Xavier



Oração de força (Chico Xavier)

Que eu continue com vontade de viver,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida.
Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles vão indo embora de nossas vidas.
Que eu realimente a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar essa ajuda.
Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo escurecem meus olhos.
Que eu realimente a minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o sucesso e a alegria.
Que eu atenda sempre mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo.
Que eu pratique mais o sentimento de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses.
Que eu manifeste amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia.
E, acima de tudo…
Que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida, criada por alguém bem superior a todos nós!
E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim,nas pequenas parcelas cotidiana de todos nós!

Que Assim Sjeja !

quarta-feira, 16 de maio de 2012

COLÔNIAS ESPIRITUAIS


Colônias Espirituais, o que são, onde ficam, para que servem???

Queridos e amados irmãos, vamos conversar hoje  sobre colônias espirituais que são cidades no plano espiritual, onde vivem os desencarnados.
“Em todos os locais em que há cidades materiais há um espaço espiritual e nele ficam os postos de socorro* e as colônias. Pequenas localidades de encarnados, como vilas e cidadezinhas, também têm seu espaço espiritual, só que às vezes não têm colônias e seus habitantes, ao desencarnar e se tiverem condições, vão para as colônias vizinhas. Cada cidade na Terra possui seu núcleo espiritual correspondente. A Índia e o Tibete têm colônias encantadoras, de uma arquitetura diferente, em que usam muito a cor dourado-clara.”

Existem inúmeras colônias espirituais espalhadas sobre nosso País, em vários estados como : Minas Gerais - Goiás - Mato Grosso e parte de São Paulo, algumas são muito antigas e trazem na sua superfície o registro de milhões de anos atrás. Essas colônias ficam localizadas em sua grande maioria, dentro da Atmosfera terrestre e em muitas delas os habitantes ainda estão presos ao carma planetário. Necessitando pois, das nossas melhores vibrações para que o trabalho dentre delas, possa transcorrer de forma harmoniosa e eficiente. O conhecimento da existência de cidades espirituais somente foi aceito, entendido amplamente - na nossa era e na sociedade ocidental - a partir dos gregos com a existência do Olimpo - a Morada dos Deuses - local onde seres espirituais viviam, moravam, trabalhavam, sonhavam, conspiravam. Quem ainda não ouviu falar sobre a Colônia Nosso Lar? Com certeza o livro mais lido do espirito André Luiz. Nosso Lar, Cidade espiritual na Esfera Superior, consagrada à educação e ao reajustamento da alma.  Antiga fundação de portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI.A colônia, que é essencialmente de trabalho e realização, divide-se em seis Ministérios, orientados, cada qual, por doze Ministros. Há os Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do

Esclarecimento, da Elevação e da Divina. Os quatro primeiros estão próximos das esferas terrestres, os dois últimos próximos ao plano superior, visto que a cidade espiritual é zona de transição Os serviços mais grosseiros localizam-se no Ministério da Regeneração, os sublimes no da União Divina. As tarefas de Auxílio são laboriosas e complicadas, os deveres no Ministério da Regeneração constituem testemunhos pesadíssimos, os trabalhos na Comunicação exigem alta noção da responsabilidade individual, os campos do Esclarecimento requisitam grande capacidade de trabalho e valores intelectuais profundos, o Ministério da Elevação pede renúncia e iluminação, as atividades da União Divina requerem conhecimento justo e sincera aplicação do amor universal. A Governadoria, por sua vez, é sede movimentada de todos os assuntos administrativos, numerosos serviços de controle direto, como por exemplo, o de alimentação, distribuição de energias elétricas, trânsito, transporte e outros. Nela, em verdade, a lei do descanso é rigorosamente observada, para que determinados servidores não fiquem mais sobrecarregados que outros; mas a lei trabalho é também rigorosamente cumprida. No que concerne ao repouso, a única exceção é o próprio Governador, que nunca aproveita o que lhe toca nesse terreno. A verdade é que existem milhares de colônias em torno da Terra em determinada faixa de vibração e em torno de todo o planeta. Cada uma numa faixa vibratória, tanto que nem todas as colônias podem servir de hospitais, ou escolas de ensino, algumas há, que foram construídas por espíritos inferiores, lembrando sempre que o espirito pode ter inclinação má e nem por isso deixar de ser inteligente e que tudo é feito com a permissão de Deus, que construíram verdadeiros monumentos em torno de suas inclinações ao mal, como é o Caso da conhecida cidade de

A Cruzada, relatada no livro Francisco de Assis, Miramez (João Nunes Maia). A Cruzada, é uma cidade espiritual diferente. Para que o Cristo descesse à Terra, era necessário que engenheiros siderais limpassem a atmosfera do planeta, para que os atentados contra a Boa Nova do Reino de Deus não viessem a gerar alterações. Uma falange de Anjos assomou à Terra, tirando dela dois bilhões de Espíritos inferiores, cuja animalização atingia até as raias do impossível. As Cruzadas e depois a Inquisição, foram instituídas no planeta por esses Espíritos. A Cidade era assim chamada porque sua planta era em forma de cruz, que se quebrava nas suas quatro hastes, sendo que, em cada uma delas foi criado um reino, cada qual comandado por um príncipe e um imediato. Eles mesmos se organizaram, por haver no meio daquela multidão seres de alta envergadura intelectual, grandes magos, desenhistas habilidosos, artistas consagrados, muitos deles dados à lavoura, à pecuária e a outras atividades. Foi edificada na linha do Equador, para que o Sol cooperasse com eles. Hitler, foi talvez um dos últimos príncipes que ajudaram a governar a grande cidade das almas nos céus do Equador, foi uma das feras enjauladas por mil anos que, ao assumir o controle do Estado Germânico, tinha uma tarefa odienta com a sua consciência e os seus comandados preguiçosos, reencarnados como judeus, objetivando eliminar toda a raça. E ele, como símbolo, traz a grande cruz aberta nas hastes, planta da cidade das sombras, chamada A Cruzada, cuja quarta parte comandara com rigidez e orgulho.


Nosso Lar tem a forma de uma estrela de seis pontas, localizando-se a Governadoria no centro do círculo em que está inscrita a estrela.
NOSSO LAR (PLANO PILOTO)

Mencione-se, desde logo, que existem dois desenhos, o primeiro que abrange apenas a estrela, onde se localiza a Governadoria e os conjuntos habitacionais, inscritos dentro dela, destinados aos trabalhadores de cada Ministério; o segundo já engloba mais além, os conjuntos residenciais que, conquanto ainda afetos aos trabalhadores do Ministério, podem ser adquiridos por estes, através de "bonus-horas" e são suscetíveis de transmissão hereditária. Também nele se vê a grande muralha protetora da cidade.


 

Observações de André Luiz sobre "NOSSO LAR"
1 - O irmão Lucius fez quanto pôde, a fim de trazer, aos amigos domiciliados no Plano Físico, alguns aspectos de Nosso Lar, a colônia de trabalho e reeducação a que nos vinculamos na Espiritualidade, especialmente o plano piloto que lhe diz respeito. Para isso, encontrou a dedicação da médium Heigorina Cunha, na cidade de Sacramento, em Minas Gerais, no Brasil.


2 - Terá conseguido transmitir, minuciosamente, toda a imagem do vasto contexto residencial a que nos referimos? Decerto que não, mas estamos à frente de uma realização válida pelas formas e ideias básicas que o mencionado amigo alinhou, cuidadosamente, através do intercâmbio espiritual.
3 - Justo lembrar aqui os mapas que Cristóvão Colombo desenhou, por influência de Mentores e Amigos Espirituais, antes de desvelar a figura da América. Semelhantes esboços não continham a realidade total, no entanto, demonstram, até hoje, que o valoroso navegador apresentava a configuração do Novo Continente, em linhas essenciais.

 
4 - Convém esclarecer que Nosso Lar é uma colônia-cidade, habitada por homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam do corpo físico.Outras colônias-cidades espirituais, porém, existem, às centenas, em torno da Terra, obedecendo às leis que lhe regem os movimentos de rotação e translação.
5 - Nas colônias-cidades ou colônias-parques que gravitam em torno do Plano Físico, para domicílio transitório das inteligências desencarnadas, é natural que a luta do bem para extinguir o mal ou o desequilíbrio da mente, continue com as características que lhe conhecemos na Crosta da Terra.


* Postos de socorro são locais para onde geralmente os espíritos socorridos do umbral (região espiritual onde ficam os espíritos endurecidos, como os suicidas, assassinos, entre outros) ou por ocasião do desencarne são levados e onde têm permanência transitória, lá eles são amparados e orientados. São locais menores de socorro imediato na crosta e no umbral. Podem ser grandes, médios ou pequenos. Não são cidades, embora alguns postos possuam as mesmas repartições que uma cidade. Estes postos também são chamados de casas, mansões etc.


Espero mais uma vez ter contribuido para o esclarecimento sobre o assunto.


Abraços Fraternos


O    AUTOR


Agradecimentos á Daniela Souto pela gratificante colaboração.



quinta-feira, 10 de maio de 2012

REGIÃO DO UMBRAL ... O que é ? ?


O que é a Região do Umbral??

Queridos  e amados irmãos, vamos conversar um pouco sobre o que chamados de Umbral, foi a palavra exata para designar na obra espírita (espiritismo), Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier e atribuída ao espírito de André Luiz, o “estado ou lugar transitório por onde passam as pessoas que não souberam aproveitar a vida na Terra”. É interessante notar que o sentido kardecista guarda os dois sentidos anteriores: primeiro por se tratar de uma dimensão que está "entre" a dimensão material (ou física) e a dimensão espiritual (ou sutil); Depois porque no imaginário popular (reforçado pelas obras audio-visuais que abordaram a temática kardecista, como a novela da TV Globo, A Viagem, e a recente adaptação para o cinema do livro "Nosso Lar") esse lugar seria mal iluminado, cheio de "trevas", (que é a primeira imagem que vem à mente quando se fala de umbral no sentido da psicofísica). Após aparecer em “Nosso Lar”, com esse significado, passou a ser usado de forma recorrente em obras mediúnicas, de maneira que foi incorporado ao jargão espírita no Brasil.
Segundo a doutrina espírita, é uma “dimensão” na qual estão os espíritos que tiveram uma vida de comportamentos incorretos. Por conta disso, eles experimentam sofrimentos "físicos" e morais, como a sensação da necrose do corpo e a vergonha de se ver incapaz de ocultar suas fraquezas e desejos mais íntimos dos olhares curiosos e/ou inquisidores de outros espíritos. As referências ao Umbral, que surgem em romances mediúnicos brasileiros em meados do século XX, são bastante diversificadas entre si, ora dando a entender que se limitaria a um estado de confusão mental por que passa o espírito após a morte, ora descrevendo-o como um "lugar espiritual" situado próximo à crosta terrestre e habitado por espíritos obsessores. No livro Nosso Lar, o umbral é definido como uma "região destinada a esgotamento de resíduos mentais (...)". Assim sendo, entende-se como um período posterior ao desencarne (processo em que a alma abandona o corpo após a morte deste) que possibilita à alma entender o seu atual estado espiritual. O tempo de permanência no Umbral, e a ocorrência de processos dolorosos de culpa e flagelação, vai depender do estágio evolutivo da alma e do reconhecimento humilde das faltas cometidas (quando for o caso). Em verdade o Umbral lembra a ideia do “purgatório” pregado na doutrina católica. Contudo, na doutrina espírita está presente a ideia de “evolução espiritual”: Como todo espírito tem como objetivo ascender no seu progresso moral e intelectual na direção do Amor Divino, é nessa zona que ele, após a morte do corpo material, fica enquanto continuar com vibrações inferiores. No momento em que consegue sintonizar com as vibrações positivas ele identifica seus interventores espirituais que estão lá para auxiliá-lo. Esse período de tempo pode ser curto ou longo, mas é passageiro.
Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para onde criaturas que desencarnam em situação de muita dor, ódio, suicídio, etc. acabam indo. Como e quando surgiu a palavra Umbral no espiritismo?
Amplamente usada por André Luiz através da psicografia de Chico Xavier, hoje faz parte da linguagem espírita para definir zonas de dor e sofrimento. Definida nos dicionários (Aurélio) como: “Limiar da Entrada”, este sempre existiu como consequência natural da mente humana. Na obra Nosso Lar encontramos, nas palavras de Lísias: “O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos”.
Via de regra, até quanto tempo uma alma pode passar no Umbral? Em que circunstâncias a alma pode ser resgatada e ir para uma dimensão mais elevada?
A) O tempo que sua consciência determinar.
B) A partir de seu despertar para as verdades eternas. Um espelho sujo não pode refletir a luz.
O Umbral também possui vários planos de existência?
No Livro dos Espíritos, as questões 101 a 106 e seguintes, tratam bem do assunto, explicando-nos as diferentes categorias de espíritos. Portanto, os agrupamentos são determinados pelas afinidades vibratórias formando núcleos pela concentração de tendências e desejos gerais. Compreendemos que cada criatura vive daquilo que cultiva em qualquer dos planos da vida.
No livro Memórias de um Suicida nós temos um relato no mínimo tétrico dessa região e dos espíritos que ali habitam. Alguns videntes dizem que quem ali se encontra, muitas vezes não consegue enxergar espíritos consoladores, de tão densos que são os seus corpos etéricos.
Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, capítulo Ensino Teórico das Sensações dos Espíritos, questão 257, cita: “Não possuindo órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar ativas ou nulas suas percepções". Uma só coisa são obrigados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons. A vista, essa é sempre ativa; mas eles podem fazer-se invisíveis uns aos outros. Conforme a categoria que ocupem podem ocultar-se dos que lhes são inferiores, porém não dos que lhes são superiores.
Muitos dizem que o Umbral é o pensamento global dos sofredores plasmado no éter próximo à crosta da Terra. Isso é verdade?
Manoel Philomeno de Miranda, através da mediunidade de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura, assim o descreve: “Composta de elementos que me escapavam, eram e são, no entanto, vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhe a condensação perniciosa”.
Existem espíritos além de qualquer possibilidade de resgate? É possível um espírito, de tão maligno, ter sua centelha divina extinta para sempre ou então reencarnar no corpo de um animal?
Seria negar a justiça divina. Todos nós, por momentos ou séculos, atravessamos estas regiões. Todos fomos criados com o objetivo de evolução, e sermos condenados a penas eternas ou retroagirmos por castigo, é negar os princípios de amor e perdão pregados pelo Cristo. Na questão 194 do Livro dos Espíritos encontramos: “A alma não pode regredir, afirmar ao contrário seria negar a lei de progresso.”
Como se dá a reencarnação de espíritos que não conseguem sair do Umbral?
A questão 330 do Livro dos Espíritos nos responde: “A reencarnação é então uma necessidade, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal". Ainda no Livro dos Espíritos, questão 1006, encontramos o ensinamento de São Luís de que “ninguém é totalmente mau”. E em João, cap. 1 a 12: “Em verdade vos digo, ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”. Cedo ou tarde todos despertamos para a luz. Deus oferece a todos oportunidades iguais, facultando a cada um o que melhor lhe aprouver, enquanto assim o deseja, dentro do céus ou do inferno que construiu para si. Somos escravos de nossas culpas, mas também construtores de nosso amanhã.
Existe uma hierarquia entre os habitantes desse plano?
Sim, dentro das conquistas de cada um, de conformidade com os ideais que alimentam.
É verdadeira a informação de que o plano umbralino envolve o nosso planeta, num verdadeiro “cinturão” vibratório?
Em nossa busca pelo aprendizado, encontramos a palavra esclarecedora de Manoel Philomeno de Miranda, em sua obra Nas Fronteiras da Loucura, psicografado por Divaldo. No capítulo 19 lemos: “...percebi haver em torno da Terra, faixas vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas, próximas à esfera física, até as mais sutis, distanciadas do movimento humano da crosta”.
É recomendável vibrar ou fazer preces pelos espíritos que se encontram no Umbral?
Jesus nos afirma através de Mateus, no capítulo 9, vers. 10 a 12 do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Não são os que gozam de saúde que precisam de médico”. Veja-se ainda, no capítulo 27, questão 18 (prece pelos mortos e espíritos sofredores): “... a prece tem sobre eles uma ação mais direta, reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevar pelo arrependimento e pela reparação...”. Como espíritas, compreendemos ser a prece uma sublime oportunidade de praticar a caridade.
Aqueles que lá se encontram conseguem influenciar os encarnados? Descreva, se possível, como acontece essa influenciação.
Manoel Philomeno de Miranda descreve, através da psicografia de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura: “Em muitos desses sítios programam-se atentados sórdidos contra os homens e elaboram-se atividades que objetivam a extinção do bem, assim como a instalação do primado da força bruta no mundo. Pelo processo de sintonia, desencarnados imantam-se àqueles que lhe são afins, sempre conjugando os valores morais que os caracteriza”.
Os encarnados – em sonhos ou em desdobramentos – conseguem penetrar nessas regiões sofredoras?
Buscamos no Livro dos Espíritos, capítulo 8, a questão 402, que ilustramos a seguir: “... os espíritos dedicados ao bem, ao se libertar da vestimenta carnal vão reunir-se a outros espíritos com os quais se instruem e trabalham. Todavia, a massa de homens vai seja para regiões ou mundos inferiores onde velhas afeições os evocam”.
O Vale dos Suicidas – citado por muitos espíritas – existe realmente?
Acreditamos que sim, pois a sintonia atrai as vibrações similares que aproximam e vinculam as almas. Vive-se, portanto, em comunhão constante com aqueles aos quais nos afinamos psiquicamente.
Se nos fosse possível conhecer a extensão do nosso hoje, certamente saberíamos melhor aproveitar as oportunidades que nos são ofertadas por Deus. O Consolador prometido por Jesus veio em tempo certo, encontrando muitos já prontos para assimilar seus princípios, enquanto outros ainda à margem da estrada, insistem em manter-se ausentes dos compromissos que lhes cabem em sua oportunidade de evolução. Outros ainda, ao se aproximarem da doutrina consoladora, o fazem moldando-a a seu critério, esquecendo-se de que esta é a única que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da humanidade. Portanto, como espíritas, cumpre-nos o dever de execução das palavras de Jesus, que nos determina “Amar a Deus sobre todas a coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e o Espírito de Verdade nos fornece o direcionamento que é a luz, o caminho correto para nos beneficiarmos da oportunidade de sermos espíritas cristãos. “Espíritas, amai-vos, espíritas instrui-vos”; estes princípios são imprescindíveis a qualquer ação que nos leve à conquista de nossa evolução. Tornemo-nos, portanto, a ponte entre a dor e a esperança, a sombra e a luz do esclarecimento, o pão e a fome, o ódio e o amor, encurtando as distâncias entre nós e Jesus.




Abraços Fraternos

O    AUTOR

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O RESPEITO A RELIGIOSIDADE .


Amados irmãos, o Blog Vozes do Alem ! tráz através dessa matéria o seu pensamento sobre a convivência humana , unida através das mais variadas religiões existentes em nosso planeta, tendo como base o respeito ao homem , á sua cultura e a sociedade á que pertence , e torna seu manual de conduta, pois levamos aos amados irmãos informações que auxiliarão em sua evolução espiritual, mas, nunca com o intuito de converter ninguém, pois esse não é o propósito da Doutrína dos Espíritos.

“Para mim, as diferentes religiões são lindas flores, provenientes do mesmo jardim. Ou são ramos da mesma árvore majestosa. Portanto, são todas verdadeiras”.
A frase que você acabou de ouvir foi dita por uma das mais importantes personalidades do século vinte: o Mahatma Gandhi.
Veja quanta sabedoria nas palavras do homem que liderou a independência da Índia sem jamais recorrer à violência!
Nos tempos atuais, são raros os que realmente têm uma posição como a de Gandhi, que manifestava um profundo respeito pela opção religiosa dos outros.
Muitas pessoas acreditam que sua religião é superior às demais. Acreditam firmemente que somente elas estão salvas, enquanto todos os demais estão condenados.
Pouquíssimas pensam na essência da mensagem que abraçam, já que estão muito preocupadas em converter almas que consideram perdidas.
E, no entanto, Deus é Pai da Humanidade inteira. Todos nós temos a felicidade de trazer, em nossa consciência, o sol da Lei Divina. Ninguém está desamparado.
De onde vem, então, essa atitude preconceituosa, exclusivista, que nos afasta de nossos irmãos?
Vem de nosso pensamento limitado e ainda egoísta. Quase sempre o homem acredita que tem razão.
Imagina que suas opiniões, crenças e opções são as melhores. Você já notou que a maior parte das pessoas acha que tem muito a ensinar aos outros?
É que, em geral, as pessoas quase não se dispõem a ouvir o outro: falam sem parar, dão opiniões sobre tudo, impõem sua opinião.
São almas por vezes muito alegres, expansivas, que adoram brincar. Chamam a atenção pela vivacidade, pelos modos espalhafatosos, pelas risadas contagiantes e pelas conversas em voz alta.
Mas são raras as vezes em que param para escutar o que o outro tem a dizer.
São como crianças um tanto egoístas, para quem o Mundo está centrado em si ou na satisfação de seus interesses.
É uma atitude muito semelhante a que temos quando acreditamos que o outro está errado, simplesmente por ser de uma religião diferente. É que não conseguimos parar de pensar em nossas próprias escolhas.
Não estudamos a religião alheia, não nos informamos sobre o que aquela religião ensina, que benefícios traz, quanta consolação espalha.
Se estivéssemos envolvidos pelo sentimento de amor incondicional pelo próximo, seríamos mais complacentes e mais atentos às necessidades do outro.
E então veríamos que, na maioria dos casos, as pessoas estão muito felizes com sua opção religiosa.
A nossa religião é a melhor? Sim, é a melhor. Mas é a melhor para nós.
É óbvio que gostamos de compartilhar o que nos faz bem. Ofertar aos outros a nossa experiência positiva é uma atitude louvável e natural.
Mas esse gesto de generosidade pode se tornar inconveniente quando exageramos.
Uma coisa é ofertar algo com espírito fraternal, visando o bem. Mas diferente quando desejamos impor aos demais a nossa convicção particular.
Se o outro pensa diferente, respeite-o! Ele tem todo o direito de fazer escolhas. Quem de nós lhe conhece a alma? Ou a bagagem espiritual, moral e intelectual que carrega?
Deus nos deu nosso livre arbítrio e o respeita. Por que não imitá-Lo?
Enquanto não soubermos amar profundamente o próximo, respeitando-lhe as escolhas, não teremos a atitude de amor ensinada por todas as religiões e pelos grandes Mestres da Humanidade.


                                                                              Abraços Fraterno

                                                                               Josimar   Fracassi.


                                                                                O   AUTOR