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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

SERA POSSÍVEL SERMOS FELIZES, EM UM MUNDO TÃO INFELIZ ?






Será possível sermos felizes, em um mundo tão infeliz?

Queridos e amados irmãos, nos dias de hoje será possível sermos felizes, em um mundo tão infeliz?
Um mundo onde mais da metade da população vive abaixo do nível da pobreza?
Um mundo onde há terremotos, tsunamis, furacões, inundações e seca?
Um mundo injusto, onde pouco mais de mil pessoas possuem riqueza, igual ou superior, à riqueza  do conjunto de países onde vive 59% da Humanidade?
É possível ser feliz num mundo assim? É possível ser feliz em um país como o Brasil, onde 46%  da riqueza nacional está nas mãos de apenas cinco mil famílias?

Uma privilegiada cabeça brasileira, ao analisar a questão, separou a felicidade em dois tempos: o tempo vertical e o tempo horizontal.
O tempo vertical é o momento intenso, vibrante, de uma realização.
Pode ser a conquista de um título num campeonato, o ter passado no vestibular, o primeiro encontro amoroso, o nascimento de um filho.
Nesse tempo vertical, a pessoa está feliz. É um momento especial, mas passageiro.
Assim, pode-se estar atravessando intensas dores, graves problemas e estar feliz em alguns momentos: pelo diploma conquistado pelo filho, pelo emprego tão aguardado que se anuncia, pela viagem sonhada que se concretiza.
O tempo horizontal é o do dia a dia. Assim, a paixão, o ideal do amor eterno que faz a pessoa desejar estar com o outro é o tempo vertical, de estar feliz.
No relacionamento a dois, na rotina em que, por vezes, se transforma o casamento, há um desgaste natural.
Nesse momento, é que entra o diálogo, a tolerância, a renúncia,o cultivo da ternura, sem o que o amor esfria, até virar indiferença.
Nesse momento a pessoa pode ser feliz. Feliz se tiver a capacidade de romper a rotina: inventar um programa, sair com amigos, ir ao teatro.
Inventar e reinventar cada dia.
Feliz se tiver a sabedoria para descomplicar as questões, acolher os limites, compreender e superar dificuldades.
Dessa forma, podemos estar felizes no dia que ganhamos uma promoção, um aumento de salário compensador.
Podemos estar felizes quando nosso filho volta ao lar, depois de longa viagem ou alguém muito querido nos visita.
São momentos intensos, vibrantes.
O ser feliz é o estado prolongado, sempre recriado e alimentado.
É a sabedoria de viver.
A felicidade, pois, é uma conquista. Podemos sorvê-la, em grande dose em um momento, em um dia e estarmos felizes.
Podemos sorvê-la em gotas homeopáticas, a cada dia, e sermos felizes.
Podemos, pois, escolher, como desejamos a nossa felicidade: em tempo vertical ou em tempo horizontal.
Desejamos estar felizes ou ser felizes?

 A felicidade é nossa aspiração máxima. Está na natureza do homem querer ser feliz. Ninguém diria, em sã consciência, que não deseja ser feliz.
    A felicidade é fundamental para o bem estar de todos. Quando estamos felizes, pensamos melhor, agimos melhor e gozamos de mais saúde. Até mesmo nossos cinco sentidos funcionam melhor. A memória se aguça sobremaneira e a tensão mental se desfaz quando acalentamos pensamentos agradáveis.
     A medicina moderna define a felicidade como sendo um “estado de espírito em que os nossos pensamentos são agradáveis uma boa parte do tempo”.
     Já a felicidade na visão espiritualista se dá quando “a criatura humana consegue se harmonizar com Deus”, e por isso, na fase evolutiva em que nos situamos, é impossível alcançá-la de maneira total, mas apenas relativamente. Neste planeta de provas e expiações ainda não podemos obter a felicidade plena, mas depende apenas de nós sermos tão felizes quanto pudermos sobre a terra.
     O ser humano tem buscado ao longo dos séculos, um rumo capaz de lhe proporcionar a paz, mas infelizmente, continua perdido, não sabendo qual caminho seguir. Sem rumo e árido de valores espirituais sofre imensamente.
     Essa procura tem levado muita gente a buscar a felicidade fora de si, onde jamais a encontrará.  O homem está cada vez mais perdido, mais sem rumo e sem direção, pois, em vez de procurar a felicidade dentro de si, espera encontrá-la nos prazeres e nas facilidades terrenas.
Sabemos, no entanto, que a felicidade é uma conquista interior, não estando, portanto, subordinada a nenhum bem externo. Jesus, quando interrogado pelos fariseus sobre quando haveria de vir o reino dos céus, respondeu-lhes: “O reino dos céus não vem com aparência exterior. Nem dirão ei-lo aqui ou ei-lo ali, porque o reino dos céus está dentro de cada um de vós”. (Luc 17:20-21)
     A felicidade não está, pois, fora de nós, onde sempre a procuramos, e sim dentro de nós, onde raramente a encontramos.
     Se os bens materiais trouxessem a verdadeira felicidade, a Suíça, que é um dos países mais ricos do mundo e com um dos melhores índices per capita do planeta, não seria uma das nações com maior número de suicídios do mundo.
     A felicidade não consiste na prosperidade material, pois mesmo nas famílias ricas existem muitas pessoas infelizes, apesar do muito dinheiro que possuem. Em contraposição, há pessoas que, mesmo não tendo nenhum bem material, sentem-se felizes.
     A história dos dá o exemplo do famoso filósofo grego Diógenes, que morava num barril, não adulava os ricos e poderosos, era completamente livre e sentia-se imensamente feliz. Dizem que certo dia o rei Alexandre Magno, que ouvira a fama desse filósofo, foi vê-lo e lhe disse:
     ---Diga o que queres, e eu o atenderei, seja qual for o seu desejo.
     Então, Diógenes respondeu:
     --Só desejo uma coisa, majestade. Eu estava desfrutando a luz do céu até o momento em que vossa majestade se colocou diante do meu barril, fazendo sombra. Por favor, não obstrua a luz do sol. Este é o meu único pedido.
     Mesmo morando num barril e não possuindo nenhum outro bem material, ele era livre e feliz.  Fazendo uma comparação entre esse filósofo e as pessoas que, mesmo sendo ricas, sentem-se infelizes e acabam se suicidando, percebemos que a felicidade do ser humano não depende de bens materiais.
     Se dinheiro trouxesse felicidade, os ganhadores da loteria seriam pessoas eternamente felizes e sem problemas. Os famosos adorariam andar por nossas ruas, apesar do assédio dos fãs. Não haveria nenhuma felicidade entre as pessoas que tivessem problemas a resolver, pois seria uma falácia a ideia de que crescemos na dificuldade.
     Entendamos de uma vez por todas que “o inferno ou paraíso não é um lugar circunscrito, pois cada um possui dentro de si mesmo o princípio de sua felicidade ou infelicidade”.

* * *
Vives momentos de felicidade dos quais não te apercebes.
Diante dos teus olhos estão paisagens ricas de beleza e cor.
Seguem contigo as bênçãos de Deus, que ainda não sabes valorizar.
As ocasiões de amar e ser amado se multiplicam.
Rompe a carapaça que te impede o claro discernimento e aprende a ser feliz.


                                                                                                    Abraços Fraternos


                                                                                                           O    AUTOR

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