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quarta-feira, 3 de julho de 2013

UM ANJO BATEU EM MINHA PORTA






Um anjo bateu em minha porta



Quando ouvi o toque da campanhia em minha porta, uma alegria sem fim invadiu meu ser. Sem saber o porquê daquela emoção, me dirigi até a porta; quando abri me deparei com aquele olhar, singelo, puro, cheio de emoção; fiquei ali parada, não conseguia falar. Aquele ser era um anjo! Sim, um anjo, com seus olhos brilhantes, seu sorriso sincero que me falou: "Deixe-me entrar... venho de muito longe lhe trazer este presente". Ele tinha nas mãos um cristal. Brilhava tanto que de tanto brilho meus olhos se inundaram de lágrimas.

Delicadamente falei: "pode entrar, sim, mas conte-me quem me mandou este presente?" Olhando bem no fundo de minha alma, ele falou: "Deus! Ele pediu para lhe entregar este cristal para que você nunca se esqueça: assim como o cristal não precisa de polimento para brilhar, você possui uma essência que brilha e não se apaga nunca."

Fiquei ali parada por alguns minutos refletindo, quando me lembrei: quando criança, havia na minha rua uma menina chamada Clara; ela tinha leucemia que, naquela época, era de difícil cura. Num dia fui visitá-la e Clara suavemante me falou: "Quando partir, ao chegar no céu, perguntarei a Deus: Porque o Senhor, com sua infinita bondade, me tirou do convívio de meu lar tão cedo?"

Fiquei ali parada sem saber o que dizer, somente olhando aquele olhar triste, de onde caíam duas lágrimas. Após alguns dias, muito debilitada, Clara acabou partido... chorei muito e pensei: "Nunca mais verei Clara! Que tristeza! Seus olhos possuíam um brilho todo especial, cheio de vida e agora tudo acabou..." No mesmo dia, em meu quarto, antes de dormir, chorei muito e indaguei: "Deus, porque Clara? Tão jovem, cheia de vida... e agora? Tudo acabou! Gostaria que um dia me respondesse."

Voltando minha atenção novamente para aquela sala, pensei: "Agora sei porque Deus me enviou este cristal: é a resposta que estou recebendo neste momento." Clara não morreu, pois ela, assim com nós, possui uma essência divina que brilha como um cristal que não se apaga nunca, nem mesmo quando morremos.

O anjo agradeceu e partiu. Eu ali me ajoelhei e chorando, agradeci: "Obrigada meu Deus, por me mostrar que mesmo quando não mais estiver aqui em matéria minha essência divina, assim como um cristal, não perderá nunca o seu brilho".



                                                                               Abraços Fraternos


                                                                                    O    AUTOR

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