.

.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

TEORIA REENCARNACIONÍSTA - Compreenda a Reencarnação



REENCARNAÇÃO

A reencarnação só se verifica depois de um determinado tempo de vida espiritual no Além?

Não há tempo determinado no intervalo das reencarnações da alma. No espaço compreendido entre elas, o Espírito estuda, nos planos em que se encontra, as possibilidades do futuro, ampliando seus conhecimentos e adquirindo experiências afim de triunfar nas provas necessárias. De um modo geral, são as próprias almas que se reconhecem necessitadas de luz e progresso e pedem o seu regresso ao Plano Carnal. Contudo, em alguns casos como os de entidades cruéis, rebeldes e endurecidas, são os guias esclarecidos que se incumbem de lhes preparar a reencarnação amarga, mas necessária.

Os que desencarnam no período infantil são Espíritos mais evoluídos, isentos de luta e provação na Terra?

Alguns abandonam muito cedo o Invólucro material, às vezes pelo motivo de serem obrigados somente a um pequeno resgate diante das Leis que nos regem. Em sua generalidade, porém, esses acontecimentos estão enfeixados no quadro das provações precisas. Os suicidas, por exemplo, depois de se evadirem da oportunidade que lhes foi oferecida para o resgate do seu passado, estão muitas vezes sujeitos a essas penas. Querem viver na Terra novamente, tragar corajosamente o conteúdo amargo do cálix das expiações dos seus erros, porém as experiências costumam fracassar, a fim de compreenderem eles o quanto é sagrado o patrimônio da vida que nos foi concedido por Deus

Por que existem, dentro do próprio Espiritismo, os que aceitam e os que neguem a reencarnação?

Semelhantes anomalias são devidas aos poderes de preconceitos prejudiciais e obcecantes. Muitos cérebros e muitas coletividades são, pelos Espíritos, encontrados já trabalhados por dógmas incompreensíveis, bastante cristalizados na mente. Nossa tarefa, então, para orientá-los e esclarecê-los no terreno das verdades transcedentais, é muito lenta para que não percamos os benefícios já feitos. Não duvideis, contudo, de que em futuro próximo alcançaremos a unidade das teorias do espiritualismo hodierno.

Sempre existiu no mundo a idéia da reencarnação?

A idéia da reencarnação vem das mais remotas Civilizações e só ela pode dar ao homem a solução dos problemas do destino e da dor. Todos os grandes filósofos dos tempos antigos a aceitavam e só nos últimos séculos a verdade da preexistência das almas foi obscurecida pelos argumentos sub reptícios de quantos desejam conciliar interesses de ordem divina com as coisas passageiras do egoísmo do mundo.

Gostaria de saber se ela se limita ao nosso grupo, porque, pelo que dizem alguns espíritas, a gente tem a impressão de que a reencarnação se faz quase sempre no mesmo grupo familiar. E também quero saber se o homem reencarna sempre homem e mulher como mulher?

De um modo geral, até que venhamos a conseguir um grau maior de evolução, permanecemos jungidos ao nosso grupo familiar. Quanto à reencarnação, do ponto de vista da fixação morfológica, isso pode variar. O sexo pode ser modificado, para efeito de provação regenerativa ou para o desempenho de tarefas especificas por parte da criatura que retorna à Terra.

Pode-se afirmar que todos os homens que habitam hoje a Terra já tiveram uma existência anterior de vida?

Todos os que estão acima da inteligência submediana são espíritos reencarnados. Agora, os Espíritos nos explicam que aquelas criaturas demasiadamente primitivas que às vezes nem mesmo se deslocam para o serviço de auto-alimentação, essas criaturas estarão talvez na primeira experiência de existência humana. Mas, desde que a criatura já nasça com determinadas tendências, essas revelam que as pessoas já viveram em outras fases, em outras instâncias.


Todo pobre nasceu nessa situação porque um dia foi um rico opressor?

Não, isto não. Isto é um problema debatido por pessoas que se fixam na Lei da Reencarnação só para observar essa face da Lei da Reencarnação. Mas, a nossa obrigação é melhorar tudo; se temos uma enxada e esta enxada precisa de conserto, devemos consertá-la, devemos afiá-la novamente para que possamos ser felizes em nossas tarefas. Agora, não podemos nos alhear à necessidade de viver nossa vida como deve ser vivida. Esta história que os ricos oprimem os pobres eu acredito nisso; mas porque todo mundo, se quiser, pode trabalhar, mesmo com as leis coercitivas, que marginalizam o homem de 45/50 anos, se a pessoa quiser trabalhar tem serviço de limpeza, tem serviço de higiene, serviço de cultura, de culturas diversas, aos quais a criatura pode se vincular, trabalhando e ganhando um vencimento razoável. Agora, enquanto nós quisermos ganhar como os grandes técnicos, como os que alisaram bancos acadêmicos, acenando que um salário mínimo, dois salários mínimos, que tudo isto é muito pouco, que somos miseráveis... Assim, não é possível encontrar felicidade.

Acreditar na reencarnação, numa vida futura, aqui mesmo na Terra, não seria uma maneira de tornar as pessoas passivas? Não seria a pura e simples aceitação de um destino inevitável, um futuro que não se pode mudar?

Não. Não acredito, porque a pessoa que acredita na reencarnação, com sinceridade, trata de aproveitar o tempo e de valorizar a bênção recebida. Por isso mesmo a existência é faceada com espírito de muita responsabilidade por todos aqueles que crêem na reencarnação como um processo evolutivo ou como medida de resgate ou de aprimoramento para o nosso espírito.

A reencarnação é muito lógica mas, por que a população da Terra está aumentando e a maioria das histórias espíritas nos falam de personagens que estão reencarnando no planeta há muitos milênios? Não são de outros Planetas há muito tempo?

Com certeza, entre nós reencarnam espíritos vindos de outros planetas, mas a população da Terra, somando-se os encarnados e os desencarnados, conta-se aos bilhões de espíritos. O número de encarnados está aumentando em razão da necessidade que todos têm de rever na matéria o aprendizado obtido no Mundo Espiritual e, como a Lei da Reencarnação é válida para todos quantos ainda não tenham atingido a condição de espírito puro, o processo de retorno à vida terrena continuará existindo até que nosso Planeta, como um todo, atinja a condição que dispense a reencarnação dos espíritos que nele habitem.

Entendem os espíritos que o assistem, que o casal deve ter filhos à vontade, deve ou pode planejar a sua vida de acordo com as possibilidades do casal?

Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos" afirma que não devemos - cremos estar traduzindo pensamento do Codificador - não devemos controlar as ocorrências da natalidade, enquanto estas ocorrências não perturbam os mecanismos da natureza. Diante da vida de hoje é uma pergunta muito válida, porquanto nós nos encaminhamos cada vez mais para uma participação sempre mais ampla do Estado na Assistência à Família, e, muito particularmente, à criança, em vista dos problemas que a criação de alguém que chega à Terra, envolve na atualidade. Precisamos solucionar muitas questões de assistência, de instrução, de manutenção, de orientação no lar e no grupo social, e, portanto, um casal tem o direito, perante as Leis Divinas, a considerar as suas possibilidades e, muito melhor, considerar estas possibilidades, do que entrarmos pela perpetração do delito do aborto, de vez que o aborto traz conseqüências ruinosas, claramente deploráveis no corpo espiritual da criatura. Em 1936, conhecemos uma senhora amiga, que praticou diversas vezes o aborto. Não era uma criatura perversa, mas entendia que estava agindo bem. Depois de sua desencarnação, depois de seis abortos, vimo-la no Mundo Espiritual, e ela estava em condições muito lamentáveis, e se lastimava da situação de irresponsabilidade a que ela se entregara nos domínios do aborto inconseqüente, do aborto sem orientação médica, do aborto não terapêutico. Em companhia de Amigos Espirituais, então, perguntei pelo caso dela, e eles nos disseram que ela se reencarnaria dentro de pouco tempo. Realmente, logo depois de 1942, ela reencarnara e, ultimamente, encontramos esta mesma senhora reencarnada no campo de nossas relações, e com grande surpresa, mas com grande motivo para meditação, encontramo-la, numa angústia muito grande, querendo se descartar de uma esterilidade que, para ela, nesta encarnação, é irreversível. Perguntei ao nosso amigo André Luiz, e ele então me disse que de fato, nesta vida, ela, pelo anseio de ser mãe, vai reconstituir os seus órgãos genésicos para ser mãe em vida próxima. E ouvindo também um amigo médico, a quem perguntei sobre o assunto, ele me disse que esta criatura podia receber um diagnóstico claramente identificável na patologia comum, e Amigos Espirituais então nos disseram que ela era portadora, segundo os conceitos médicos, de hipertrazia glandular cística do endométrio. Além do mais, com resultados, com derivações muito lamentáveis em seus órgãos femininos. De modo que a vida no lar, nas grandes cidades de hoje, na vida de hoje, dentro de uma vida consciente, se podemos ser paia e mães, devemos emprestar as nossas possibilidades aos nossos amigos que precisam e desejam voltar à Terra, mas naturalmente subordinando isto ao nosso critério de administração da família.


Qual a maior prova concreta que Francisco Cândido Xavier aponta sobre a reencarnação?

A lógica para compreendermos a desigualdade no campo das criaturas humanas. Por que é que uns renascem sofrendo em condições muito mais difíceis do que os outros? Não podemos admitir a injustiça divina! Deus é a Justiça Suprema. Portanto, devemos a nós mesmos a conseqüência dos nossos desajustes. Se eu pratiquei um crime, se lesei alguém, é natural que não tendo pago a minha dívida moral, durante o espaço curto de uma existência, é justo que eu faça esse resgate em outra existência, porque, de outro modo, compreenderíamos Deus como um ditador, distribuindo medalhas para uns e chagas para outros, o que é inadmissível.

Como entender as reencarnações aparentemente humilhantes tais a do negro, do mendigo, do doente de nascença?

No que diz respeito ao racismo, as nossas preocupações decorrem de pura ilusão de nossa parte no terreno de preconceitos sociais que o tempo eliminará. Nos casos outros, sabemos que a Lei do Carma funciona universalmente com todos nós, em qualquer parte e em todos os dias.

Por que motivo algumas pessoas revelam memória mais lúcida que a da média geral, quanto a recordações passado?

Com todo o meu respeito a diversos amigos nossos, posso dizer amigos meus, que cultivam a Psiquiatria dentro da Medicina, com todo respeito a eles, de muitos deles ouvi, em certas ocasiões, a alegação de que determinadas pessoas procuram trabalhar intensamente, em determinados assuntos espirituais ou artísticos, como fuga de suas próprias realidades físicas e psicológicas, quando essas realidades não são as mais agradáveis. Mas, os Bons Espíritos nos ensinam, que muitas vezes somos nós quem solicitamos, dos amigos que presidem o trabalho de nossa reencarnação, semelhantes inibições, doenças, defeitos, dificuldades que constrangem, muitas vezes até humilham a nossa existência física, como recurso de auto-defesa para o trabalho espiritual que nos compete efetuar. Para muitos estudiosos da Terra, o trabalho intenso no Bem é uma fuga que a criatura opera em relação ao mal que está dentro dela; mas, no Mundo Espiritual, esse sofrimento ou essa inibição significam recurso para que a criatura possa trabalhar com a tranqüilidade possível.

Por que deve o homem manter-se no "véu do esquecimento", em relação a sua Vida Espiritual?

De modo geral, a reencarnação objetiva a extirpação do ódio e da inveja, do ressentimento e do ciúme, dos impulsos à discórdia e à delinqüência, que nos implantaram na alma, depois de lastimáveis desastres morais. Semelhantes causas de sofrimento persistiriam conosco, por longo tempo, não fosse o olvido terapêutico que nos é administrado durante a reencarnação. Nesse sentido, observemos o fato de que, a abração de um tumor no corpo físico, reclama a anestesia. O esquecimento temporário na reencarnação é o processo de socorro pelo qual a Misericórdia Divina se digna determinar a sedação das feridas mentais de que porventura sejamos portadores, para o tratamento e a extinção delas.
Fontes:Questões 1, 2, 3, 4 e 5, da Revista Espírita "Informação" - n 305.
Questões 6 à 14, do livro "Entender Conversando" - Editora IDE, do livro "Plantão de Respostas" - Editora CEU, do livro "Entrevistas" - Editora IDE, do livro "Novo Mundo" - Editora IDEAL e do livro "Dos Hippies aos Problemas do Mundo" - Editora LAKE.
***Agradecimento Especial ao Grupo de ideal Espírita André Luiz.


                                                                                   Abraços Fraternos


                                                                                      O    AUTOR


Nenhum comentário: