Vivemos
hoje em uma sociedade apressada. Todos temos pressa e não temos tempo.
Vivemos nossos dias na ânsia de tudo conseguir e na ansiedade de tudo
alcançar.
A Internet, o celular e os mais variados recursos tecnológicos nos facilitaram a vida, ao mesmo tempo que nos escravizaram.
Já
não perguntamos o endereço postal de alguém. Quem terá tempo de
escrever uma carta, ir ao correio postá-la e esperar infindáveis dias
até que ela chegue ao destinatário?
Assim, nossa caixa de correio enche-se de nada, pois repetem-se as correspondências comerciais sem significado algum.
Há pressa, pois a velocidade do mundo parece ter mudado. Parece estar mais rápida, mais exigente, mais intensa.
Somos
encontrados a qualquer momento. Seja pelos telefones móveis que a cada
dia agregam mais recursos, pela Internet, que nos liga a todos e a tudo
(sem a opção de nos perguntar se desejamos ou não) ou por tantas outras
possibilidades que a tecnologia cria a todo momento.
Sempre estamos sendo exigidos, questionados, sob demanda de algo ou de alguém.
Nesses
dias de transição e de mudança, de adaptação e de aprendizado, muitos
de nós nos sentimos aturdidos. Perdemos as referências, que foram
atropeladas pelas mudanças sociais. Já não sabemos como agir ou por onde
seguir.
Como resultado, caminhamos inseguros, buscando cada qual defesas frente a tudo isso.
Por
isso, são tantos os que se tornam violentos, com medo de serem
violentados pela sociedade. Agridem verbalmente, algumas vezes indo às
raias da violência física, mascarando o próprio medo ao impingir medo
nos que os cercam.
Outros,
buscam fugir desse frenesi moderno fechando-se em si mesmos, em um
egoísmo injustificado, preocupando-se apenas consigo e com os seus,
abrindo mão dos valores da solidariedade, da fraternidade e da amizade.
Não
são poucos aqueles que, preocupados no vencer e no ganhar das batalhas
diárias, se desfazem dos valores morais, passando sobre tudo e sobre
todos, não se importando em construir vitórias sobre dores, aflições e
injustiças, pois as suas são apenas as preocupações pessoais.
Porém,
vale lembrar que não importa a época que estamos vivendo. Desde sempre,
todos os dias são abençoados pelos cuidados de Deus, que prevê a tudo e
provê a todos nós.
* * *
Não
nos deixemos contaminar por essas neuroses modernas, onde a fé e a
confiança em Deus, pouco trabalhadas na intimidade de cada um, são
substituídas pelo medo e pelos mecanismos de fuga.
Vivamos de maneira tranquila e confiante, sabendo, como nos lembra Jesus, que somente lobos caem em armadilhas para lobos.
Nada nos haverá de suceder que não conste das nossas necessidades de aprendizado e entendimento.
Cada
vez que ansiedade, medos, fobias ou síndromes modernas insistirem em
tomar-nos a casa mental e emocional, resguardemo-nos na oração, que nos
plenificará a alma, apascentando-nos o coração.
E
vivamos, com a confiança do filho que entende o Pai como soberanamente
bom e justo, todos os dias banhando-nos na alegria de estarmos vivos,
louvando a Deus a bendita oportunidade da reencarnação.
Agradecimentos ao Momento Espirita.
Abraços fraternais
O AUTOR
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